Nosso vôlei!
Alberto Landgraf e João Vitor R. Sordi
O vôlei brasileiro nunca viveu uma fase tão boa. Logicamente, o que nos vem á cabeça são os resultados da equipe masculina adulta, que realmente são os mais expressivos, mas não podemos esquecer que o Brasil tem dominado não somente esse cenário, mas também nas seleções de base e sem falar na praia, onde o domínio é maior ainda!
Tudo isso é muito bom, tem vários lados positivos, mas num momento em que o vôlei brasileiro é tão bem visto no exterior, temos sem duvida a cada ano que passa a uma visível queda no nível técnico da Superliga, isso devido ao êxodo de jogadores brasileiros pro exterior. Os números são surpreendentes, em novembro do ano passado, antes do inicio da atual Superliga, eram 348 atletas brasileiros em time do exterior, jogando em paises desde Espanha (o pais com o maior numero de atletas brasileiros), passando por Portugal, Japão, Itália, Kuwait, Porto Rico e inúmeros outros, tendo como destaque a Rússia, onde o Giba esta jogando, e atualmente é o jogador mais bem pago do mundo, com um salário de aproximadamente um milhão de Euros por ano!!!!Vale mencionar que essa saída não se limita a jogadores, mas também a técnicos, como Renan Dalzotto, Radames Lattari, Ricardo Navajas como os principais.
Logicamente tudo isso é bom, e eu ate traço uma comparação á volta dos bons resultados da seleção masculina com a volta dos jogadores brasileiros ao exterior, (pois nas Olimpíadas de 92, a maioria atuava fora dos pais, logo após todos voltaram o Brasil não ganhou mais nada, quebrando o jejum no mundial de 2002, logicamente com a chegada do Bernardinho e com a dificuldade de renovação de outras seleções, o Brasil volta a ganhar tudo), então não se pode negar a importância disso, não podemos virar a cara para o que pode acontecer com o campeonato nacional se não tomar cuidado a situação poderá piorar.
Olhando a atual Superliga, vemos um campeonato fraquíssimo tecnicamente, onde a maioria dos jogos e com arquibancadas vazias, com alguns times só pra completar a tabela. Se olharmos pro topo da tabela vemos times como Ulbra e Minas, que logicamente estão a frente pois tem maior porte financeiro, mas também tem uma coisa que a maioria dos times não tem, que são as categorias de base muito fortes e duradouras, pois com a maioria dos times montados as pressas nas vésperas dos campeonatos, esses equipes que realizam um trabalho a longo prazo levam uma clara vantagem.
O que nos resta é torcer para que os patrocinadores e dirigentes da equipe maringaense enxerguem a necessidade de um trabalho a longo prazo e que tenham paciência e persistência pra que Maringá possa voltar a ser um dos destaques da competição nacional!