domingo, 15 de julho de 2007

Futebol

Contestado, Brasil é bicampeão da Copa América

Bruno Pimenta

O técnico Dunga venceu seu primeiro grande desafio como treinador. Muito criticado durante toda a competição, o ex-volante da seleção armou um esquema tático seguro na final e fez o que parecia improvável. Em Maracaibo, venceu a poderosa Argentina por 3 a 0 e conquistou o bicampeonato do torneio continental.

O Brasil entrou em campo bem definido. Os laterais Maicon e Gilberto ficaram apenas marcando, bloqueando a movimentação de Tevez e Messi. Mineiro grudou em Riquelme e Josué marcou Verón. Com sua criatividade totalmente anulada, a Argentina não via muita condições de atacar. Quando furava o paredão brasileiro, esbarrava na atuação perfeita de Juan e Alex. Claramente jogando no erro do adversário e nos lançamentos, o Brasil logo chegou ao gol. Aos 4 minutos, Elano fez um longo lançamento para Julio Baptista, que dominou e fez um golaço, um a zero. Aos 32 minutos, o grande acerto do treinador brasileiro. Elano acabou sentindo contusão. Quando todos esperavam Fernando, Diego ou Anderson, Dunga surpreendeu, colocou o lateral Daniel Alves. A mudança logo surtiu efeito. Aos 39 minutos, Daniel Alves desceu livre pela direita e cruzou, o zagueirão Ayala tentou desviar e marcou contra, dois a zero.

Com um resultado muito bom, o Brasil voltou para o segundo tempo sem alterações. A Argentina começou ir para o desespero. O técnico Alfio Basile colocou Lucho Gonzalez e Aimar. De nada adiantou, a Argentina dava muitos espaços e sofria contra golpes praticamente mortais. Numa dessas investidas, saiu o terceiro gol brasileiro. Aos 23 minutos, Vagner Love puxou o contra-ataque e deu um belo passe para Daniel Alves, o lateral, ala, meia, sei lá mais o que, chutou cruzado e fechou o caixão. Brasil 3 x 0 Argentina. Dunga deu uma nova cara a seleção, reacendeu o amor a camisa brasileira. Mas isso não é suficiente, é necessário muito mais trabalho e principalmente, não deixar o sucesso subir na cabeça, como foi em 2006. No fim, algumas certezas como Daniel Alves, Juan e Mineiro.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Futebol

Robinho 3 x 0 Chile

Bruno Pimenta

brunoiommi@gmail.com

A seleção brasileira sofreu, mas venceu. Neste domingo, na cidade de Maturín , o Brasil superou a catimba e venceu - mas não convenceu - o Chile, por 3 a 0, pela segunda rodada do Grupo B da Copa América. O nome do jogo foi Robinho, que marcou os três gols.

O gol do Brasil surgiu de penalti. Aos 32, Gilberto cruzou da esquerda e a bola acabou indo direto para as mãos do Bravo. Vagner Love acabou sendo derrubado por Riffo. O arbitro Carlos Torres viu o lance e marcou o pênalti . Depois de três minutos de paralisação, Robinho cobrou e fez 1 a 0 para o Brasil.
Vencendo, o Brasil entrou em campo mais tranqüilo para o segundo tempo. Mas o Chile voltou ligado. Aos 25, Suazo recebe na frente, cortou Juan, cortou Doni duas vezes, mas demorou para chutar e permitiu que a zaga conseguisse o corte e afastasse o perigo. A aflição brasileira durou até a marca dos 38. Em uma das poucas jogadas bem trabalhadas do ataque, Robinho tabelou com Vagner Love e recebeu bom passe, na cara de Bravo. Aí sobrou categoria para o camisa 11, que deu um toquinho para encobrir o goleiro e fazer 2 a 0. Animado com o segundo gol, Robinho - que não marcava a dois anos pela seleção - foi atrás do terceiro. E foi um golaço. Aos 42, ele recebeu na intermediaria, arrancou, passou por dois marcadores e bateu firme, no canto de Bravo para fechar com chave de ouro uma exibição satisfatória da equipe.

Futebol

Contra tudo e contra todos

Bruno Pimenta
brunoiommi@gmail.com


Caio Jr. entrou no Morumbi com a corda no pescoço. O Palmeiras tinha 12 desfalques e não vencia há 5 jogos. O Corinthians tinha apenas William e Finazzi como desfalques, e estava invicto no campeonato. Nem a torcida palmeirense acreditava, dos 28.000 pagantes do clássico, apenas cerca de 3 mil eram alviverdes. Mesmo com tudo contra, o Verdão ganhou, e como ganhou.

O técnico do Palmeiras escalou um time com uma salada de números. 3-1-3-2-1, Wendell ganhou a vaga no meio campo, jogando mais como apoiador. O garoto Luís estreou no ataque, mostrando muita disposição. Já Carpegiani colocou o já usual 3-4-1-2, com Cadu na zaga, Dinelson armando e Clodoaldo no ataque. Funcionou a salada de Caio Jr. Martinez ajudava Valmir pela esquerda e Caio ajudava Paulo Sérgio na direita, o Palmeiras explorava muito os lados do campo, e quando necessário, Wendell ajudava Paulo Sérgio, deixando Caio criar no meio. Carpegiani não achava o posicionamento correto de Dinelson e Everton Santos, muito bem marcados, o Corinthians não tinha paciência para furar o paredão verde. Um primeiro tempo sem muitas chances, muita marcação, o gol só poderia sair de bola parada. Aos 45 minutos, Caio bateu escanteio pela esquerda, Martinez desviou de cabeça, e o zagueirão Dininho entrou de carrinho. Um a zero Palmeiras.

Já na volta para a segunda etapa, Carpegiani colocou o menino Bruno Bonfim, no lugar de Dinelson. Troca de 6 por meia dúzia. Os dois poucos prodizaram, esbarrando na marcação. O Palmeiras criava pela esquerda, com boa atuação de Valmir. Mas não saiu nenhum gol. Final de jogo, Corinthians 0 x 1 Palmeiras. A vitória deu sobrevida a Caio Jr. Seria um erro demitir o treinador.


Futebol

Cada vez mais time

Bruno Pimenta
brunoiommi@gmail.com


Na inauguração do estádio João Havelange, quem se deu bem mais uma vez foi o Botafogo. O lide do Brasileirão começou mal a partida contra o Fluminense, mas se recuperou e virou o jogo. Cuca escalou o time(http://programanajogada.blogspot.com/2007/06/futebol_9585.html) como o habitual. Apenas a entrada de Ricardinho no lugar de Jorge Henrique, suspenso. Renato Gaúcho manteve seu 4-2-2-2, com Mauricio no lugar de Cícero. Pelo menos no primeiro tempo, quem se deu bem foi o técnico do Flu. Sem Jorge Henrique, o Botafogo centralizou o jogo pelo meio, já que Ricardinho ainda não pegou o espírito da equipe, o famoso rodízio. O tricolor carioca abriu o placar. Aos 27 minutos, Arouca lançou Alex Dias, que driblou o goleiro Julio Cesar e marcou, um a zero.

Cuca se viu obrigado a mudar para vencer o jogo, e não teve medo de fazer. Tirou Ricardinho e colocou André Lima, o Carrossel voltou. André Lima ficou centralizado, Dodô fez o externo esquerdo e Zé Roberto o externo direito, com Lucio Flavio armando. Aí voltou a ser o Botafogo líder. Aos 6 minutos, André Lima recebeu a bola dentro da área, e foi derrubado. Pênalti. Dodô converteu, empatando o jogo. Aos 32 minutos, a virada. Dodô cabeceia e faz o segundo. Esse é o sétimo gol do artilheiro no brasileirão. Fim de jogo, Botafogo 2 x 1 Fluminense. Renato Gaucho mostra que é bom técnico, mas tem medo de mexer nos times. Cuca mostra que tem o Botafogo na mão, muda o time de acordo com o que precisa, André Lima é o 12º reserva, sendo fundamental em todas as partidas do time na competição.


Futebol

Partida morna entre Santos e Grêmio

Wilame Prado

O jogo entre Santos e Grêmio tinha cara de revanche pós Libertadores. Mas só ficou na cara, afinal a partida válida pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro foi extremamente morna e sem muitas emoções.
Sem ainda poder contar com Maldonado, o técnico santista Vanderlei Luxemburgo optou por jogar no 3-5-2, deixando Ávalos como líbero e Domingos e Marcelo mais nas laterais da zaga. A outra surpresa do jogo foi escalar para jogar na frente os dois jovens Moraes e Wesley. Já o Grêmio, sabendo de suas limitações e de seus desfalques, fez o que sabe de melhor, que é jogar na retranca.
O resultado disso foi um primeiro tempo sem quase nenhum lance de perigo aos gols de Fabio Costa e Saja. As únicas jogadas que davam resultado ao Santos eram as bolas enfiadas para os atacantes, que não souberam aproveitar. O Grêmio atacou bem menos que o Peixe na primeira etapa, porém sempre chegava com mais perigo, já que na maioria das vezes o elenco santista deixava Ávalos no mano a mano, ora com Diego Souza, ora com Éverton.
E mais uma vez, o regular Rodrigo Souto pôde ser considerado um dos melhores em campo. O atleta, que nesta partida vestiu a 11 (já que Cleber Santana não atuou), demonstrou a segurança de sempre no toque de bola e deu tranqüilidade para a afobada zaga santista. Um dos erros cruciais do Peixe, como sempre, foi não conseguir sair da linha de impedimento realizada pelo Grêmio.
Embora tenha sido uma partida sem muitos lances de perigo, um dos destaques foi a excelente defesa que Fabio Costa aplicou aos 42 minutos do primeiro tempo, depois de cabeçada certeira de William, e o incrível gol perdido por Lúcio, do Grêmio, aos 37 do segundo tempo. Tirando isso, outros pouquíssimos lances emocionantes aconteceram na partida.
O novo reforço do Santos, Vitor Junior, entrou muito bem no jogo, aos 23 minutos do segundo tempo. Ele e Marcos Aurélio, que entrou também na segunda etapa, deram outra cara ao alvinegro praiano, que só não balançou as redes porque realmente ainda falta um verdadeiro centroavante ao time.
Mas que a verdade seja dita: nem Santos e nem Grêmio são os mesmos times que fizeram aqueles verdadeiros duelos de tiranos na Libertadores da América. O desânimo de perder a competição sul-americana ainda está estampada na cara dos atletas dos dois clubes.
Com apenas 8 pontos, o Santos segue na 16ª posição, encostado na zona de rebaixamento. O Grêmio tem 10 pontos e está na 13ª posição, também muito mal na tabela. O próximo desafio santista é o Vasco, que perdeu do Cruzeiro por 3 a 1. Já o tricolor dos pampas pega o Juventude e vai tentar dar prosseguimento aos resultados positivos que vem alcançando em clássicos gaúchos. Fim de jogo, Santos 0 x 0 Grêmio.